Mercado de trabalho para Influenciadores digitais cresce e fatura milhões
17/08/2024 Últimas Notícias,Artigos
72% dos consumidores confiam mais em uma empresa depois que ela é recomendada por um influencer
Mesmo não sendo uma profissão regulamentada, o número de influenciadores digitais no Brasil já ultrapassou a marca de 500 mil, segundo dados da Nielsen. Quem nunca viu um vídeo no Instagram ou YouTube de algum “famoso” indicando produtos ou serviços? É um mercado que fatura milhões e mobiliza grandes companhias a investir nesses profissionais. Para se ter ideia da dimensão desse setor, a quantidade de pessoas exercendo a atividade no país é maior do que o número de dentistas inscritos no Conselho Federal de Odontologia (CFO), 374 mil, e quase igual a de médicos registrados no Conselho Federal de Medicina (CFM), 502 mil.
Em 2021 o Brasil foi o país que mais impactou consumidores por meio de influenciadores, de acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP). Até então era a China que ocupava a primeira posição. O estudo conduzido pela pesquisadora Elizabeth Saad mostrou ainda que 40% dos consumidores brasileiros já foram impactados por um influencer digital no momento de fazer uma compra.
Um levantamento da Invesp mostrou que 72% dos consumidores confiam mais em uma empresa depois que ela é recomendada por um influencer e 92% confiam em avaliações de influencers ao invés de em anúncios clássicos como aqueles de jornal, outdoors, entre outros.
Nos últimos anos, esse mercado não só cresceu como se democratizou. Atualmente, não só os criadores de conteúdo com milhões de seguidores faturam na internet, como é o caso do piauiense Whindersson Nunes. Outros influs com números bem mais modestos e que trabalham nichos específicos ou públicos locais também estão ganhando a vida nas redes sociais e conseguem um bom engajamento, assim como boas entregas aos seus clientes (as empresas que pagam pelo trabalho deles).
Outro aspecto chama bastante atenção no mercado dos criadores de conteúdo digital: a profissionalização. Já foi o tempo em que gravar um vídeo curto deitado na cama gerava milhões de acessos. Os seguidores estão cada vez mais exigentes e os creators (como também são chamados os influs) precisaram se adaptar.
Atualmente muitos deles já estudam técnicas de vídeo, edição de imagens, tráfego pago, entre outras informações importantes para se tornar referência na área. Os influenciadores também precisam dedicar tempo ao planejamento, criação e finalização dos conteúdos – isso exige cada vez mais capacitação para atender às necessidades dos clientes.
Há ainda agências de carreira especializadas em criadores de conteúdo e aceitar um “mimo” das empresas em troca de divulgação não está nos planos desse pessoal tão qualificado. As empresas também estão de olho na maneira profissional de utilizar o marketing de influência, evitando aqueles criadores que estão nas redes sociais a passeio, sem um nível de profissionalização sério.
É necessário valorizar a carreira desses profissionais, mas precisa partir deles também a iniciativa de estudar, se qualificar, serem especialistas no que fazem para que o mercado os valorize cada vez mais.
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